terça-feira, 29 de abril de 2008

The Last Day of Eternity Life (or Death?..)

The Last Day of Eternity Life (or Death?..)




Era tão branco...Mas nada límpido. Seus olhos penetravam cada pedacinho da imagem contida num quarto quase surreal de um hospital qualquer. Nada havia, a não ser flores, uma televisão desligada, uma cama desconfortável e uma mente quase vazia. Não sabia como, quando e porque...Mas sabia, que de todas suas virtudes e desvirtudes, sobrara uma nítida e utópica condição de conformismo.
Não havia rostos em suas mais profundas e rasas lembranças...havia pratos, voando por todos os lados...Se era alucinação, eu já não sei.
Não podia levantar, e isso era fato. Doía-lhe tanto a cabeça, que os pés não ousavam se mexer. A mente, num turbilhão de insucessos rotineiros, trazia-lhe um vazio quase doloroso...Ah! Se não fosse o quase!
Os dias passaram rápidos, e logo completou-se o vazio das desmemorias ...Não havia sinais de conflito em sua mente, mas doía-lhe o coração nas noites frias em que o fogo não afugentava a escuridão...Eu sempre soube, mal de amor, não têm cura. Amor não é memória, é talho, na alma....É marca, sem cicatriz.





Um comentário:

Anônimo disse...

Muh, tive a impressão de estar ainda naquele quarto, sózinha!
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A primeira parte do texto. Você descreveu o que eu não conseguia!
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Beijo, amo vc!