quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Todo Seu.


Luta bandida,
se apega, dia após dia,
Renega a alma,
Quase vazia,
por minha indiferença,
E por tua covardia.

Finge que não ouve,
O tempo ruge!
Ah, não há como escapar...

Destino é momento,
Perdido no tempo
Que deixa-se de lado,
Pra importar a outrem.

Não rasgue as cartas
São só memórias,
Vazias.
Ah! memórias,
Guardadas, empoeiradas,
E remoídas só por ti.


sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Sós.

Renega o anjo pela décima vez.
“-O que prefere? Morrer só?”
-Não, prefiro a vida...
-Prefiro até a dor,
Se meu legado for por entre espinhos,
Conhecer o verdadeiro amor.

O anjo vira as costas e tira a máscara.
É verdade, as asas são de papelão.



quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Tempo


Palavras bem ditas,
Mal ditas...
Tudo o tempo leva,
Leva os dias, leva as horas,
Incertezas nem existem mais,
Sonhos são surreais.
São como crianças,
Vazias de sorriso;
Quase desesperador.

As tardes ímpares,
Os rostos nublados,
Vai-se-e-vem desordenado.
Tudo é tão vago,
E eu continuo!
Eu vago, por entre o tempo,
Que esqueceu, de me levar.

O tempo hoje
Só leva minha juventude,
Minha disposição e entusiasmo;
Mas não leva minhas memórias,
Meus anseios
E mais que isso:
Não leva a dor dos sonhos
Esquecidos e dilacerados.

domingo, 11 de novembro de 2007

Prazer, Sr. Mais Um.


Barulho demais
Sorriso de menos,
Vazio soletrado
F-R-A-C-A-S-S-O.

Um copo quebrado
Martini caindo,
Vermelho deixado
De lado-a-lado...

Prazer encorajado,
Boca seca de paixão
F-O-I-S-E-O-(A)-F-I-M.

Desalento Adocicado;
É questão demais

E solução de menos.


sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Gravura


Se retratar flores
Fosse meu objetivo
Seria fotógrafo.

Quero é cravar na tua alma
A indiferença retirada
Do teu ego em decomposição

Quero é falar daquilo
Que você esconde amedrontado
Dentro da tua TV.

Seria fotógrafo,
Se fosse possivel
Registar Caráter.